BUDAPESTE (Reuters) - Felipe Massa negou nesta quinta-feira que seja o segundo piloto da Ferrari e afirmou que buscará a vitória no Grande Prêmio da Hungria no fim de semana.O brasileiro foi o centro de uma controvérsia sobre as chamadas ordens de equipe no Grande Prêmio da Alemanha no fim de semana passado, quando permitiu que seu companheiro de escuderia, o espanhol Fernando Alonso, lhe ultrapassasse, após receber uma mensagem via rádio quando liderava a corrida."Sim, vou lutar pela vitória aqui, independente das condições", disse
Massa durante entrevista coletiva em seu retorno ao circuito de Hungaroring, onde no ano passado ele sofreu um acidente que causou ferimentos em sua cabeça que chegaram a ameaçar sua vida.
Questionado se reagiria de forma diferente caso encontre-se na mesma situação da corrida passada, ele respondeu: "Eu vou vencer. O dia que eu disser que sou o segundo piloto, não correrei mais", afirmou.Alonso ocupa a quinta colocação no Mundial de pilotos, 34 pontos atrás de Lewis Hamilton, da McLaren, enquanto Massa é o oitava, mais 38 pontos atrás do líder.Massa disse que o que aconteceu em Hockenheim o deixou ainda mais forte como pessoa. Ele mostrou indignação quando um repórter brasileiro sugeriu que ele traiu seu país ao obedecer as ordens da Ferrari."
Eu sempre farei tudo o que puder pelo meu país", afirmou. "Para mim, meu país é a coisa mais importante. Já provei várias vezes na minha vida... o que posso fazer pelo meu país."Massa disse que conversou com todas as pessoas dentro da Ferrari sobre o que aconteceu na Alemanha. "Quero o melhor para o time", disse.
"Não estou aqui realmente só para correr. Estou aqui para vencer. Esse é meu objetivo, na verdade. Enquanto eu estiver em condições de vencer, precisamos ir até o fim, para lutar pela vitória.
"Sentado ao lado de Massa na coletiva, Rubens Barrichello, da Williams, se solidarizou com seu compatriota pelo que ele passou no fim de semana."Lamentei muito por ele ter tido que passar por algo tão ruim", disse o veterano, que teve de cumprir várias ordens da Ferrari quando foi companheiro do heptacampeão Michael Schumacher.
"Ninguém deveria ter de passar por esses sentimentos", acrescentou o brasileiro, que teve de entregar a vitória a Schumacher no infame Grande Prêmio da Áustria em 2002, episódio que levou à proibição das ordens de equipe na categoria."O Felipe é um amigo e queria que ele não tivesse que passar por isso", acrescentou Barrichello, que disse ter conversado com o compatriota sobre a situação na Ferrari, mas se recusou a revelar qual conselho deu ao amigo.
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