terça-feira, 14 de abril de 2015

Bianchi assinou contrato com Sauber para 2015 horas antes do acidente no GP do Japão, revela dirigente

WARM UPRedação GP, de Sumaré

Horas antes da largada para o GP do Japão de 2014, em Suzuka, Jules Bianchi assinou contrato com a Sauber para a temporada seguinte do Mundial de F1. Quem revela é Colin Kolles. Romeno de nacionalidade alemã e dono de passagens pela F1, DTM e WEC, o dirigente foi entrevistado pela emissora austríaca Servus TV e disse que o promissor piloto francês, ligado à Ferrari, assinou seu vínculo com a equipe pouco antes de sofrer o gravíssimo acidente em Suzuka. Jules permanece internado e em coma em um hospital na cidade de Nice. Seu estado de saúde é considerado estável.

“Havia um contrato assinado ao meio-dia de domingo”, declarou Kolles, fazendo menção ao dia 5 de outubro de 2014, em Suzuka. Segundo o dirigente romeno, o acordo serviria para que a Sauber pudesse sanar algumas das suas dívidas.

 Kolles foi chamado pela emissora para falar sobre o polêmico caso envolvendo Sauber e Giedo van der Garde, que também tinha contrato com a equipe para 2015. O time, no entanto, fechou com Felipe Nasr e Marcus Ericsson como titulares, levando o piloto holandês à justiça para reconhecer seu vínculo. Van der Garde obteve êxito na ação judicial e, para manter sua dupla de pilotos, a Sauber teve de indenizá-lo em pouco mais de R$ 50 milhões.

Na visão do dirigente, Monisha Kaltenborn, chefe de equipe da Sauber, agiu de forma absolutamente calculada e buscou resolver o rombo financeiro com soluções desesperadamente questionáveis. “Não consigo entender o comportamento de Monisha Kaltenborn. Você não pode vender um carro, arrecadar dinheiro para a equipe e, em seguida, seis meses depois, vende-lo novamente para outra pessoa”, criticou.

 “Não havia três contratos. Havia seis”, declarou Kolles, fazendo referência aos titulares desta temporada, Nasr e Ericsson, Van der Garde, Adrian Sutil, Esteban Gutiérrez e Bianchi. Sutil assinou com a Williams para ocupar o posto de piloto reserva, enquanto o mexicano Gutiérrez, graças ao apoio do conglomerado de empresas de Carlos Slim, assegurou o lugar de reserva da Ferrari.

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