sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Com Prost como acionista, Renault compra Lotus por R$ 360 milhões e volta a ter equipe na F1, diz revista

 WARM UPRedação GP, de São Paulo

A Renault vai voltar de fato ao grid da F1 em 2016. Depois da informação da publicação francesa 'Autonewsinfo' no início de julho, a revista 'Autosport' também garante a informação, nesta sexta-feira (28), de que a montadora francesa vai comprar a Lotus. O acordo vai ser finalizado na semana que vem e pode ser anunciado no fim de semana do GP da Itália, o último em solo europeu.

Fonte consultada pelo GRANDE PRÊMIOdisse que a palavra até então ouvida na fabricante francesa é de que "com certeza" a direção havia decidido comprar uma equipe, demovendo qualquer ideia de saída da F1.

A 'Autosport' dá valores e outros números da operação: a Renault vai passar a ter 65% da equipe que já foi sua pagando pelas ações £ 65 milhões — algo em torno de R$ 360 milhões. A primeira parcela tem de ser paga agora, valendo £ 7,5 milhões — próximo a R$ 41,5 milhões —, e o restante vai ser pago em suaves prestações iguais nos próximos 10 anos.

O proprietário do grupo de investimento Genii, Gérard Lopez, vai continuar como acionista da escuderia, mas com 25%. E os outros 10% vão para Alain Prost, ex-dono da equipe na F1 e hoje com operação na F-E, como chefe de equipe da vencedora e.dams. Fala-se que Prost será uma espécie de Niki Lauda, dirigente da Mercedes, na Renault.

O acordo também vai fazer a Renault ter de pagar uma indenização milionária à Mercedes pela quebra de contrato de fornecimento de motores.
 
Desde o início desta temporada, a Lotus tem usado os motores alemães, após ter se livrado justamente dos motores Renault, tidos como um dos culpados pela péssima campanha no ano passado.
 
 
 Foi pela Renault que Fernando obteve suas maiores glórias na F1 (Foto: LAT Photographic/Renault)
A decisão da Renault em voltar a ser equipe própria ainda não deixa claro que tipo de relação vai manter no ano que vem com Red Bull e Toro Rosso. As duas equipes — sobretudo a matriz — reclamam constantemente da falta de potência da unidade francesa e buscam soluções com as outras fornecedoras de motor para sanar seus problemas.
 
Se de fato a Renault já concluir esta operação para a temporada do ano que vem, a Mercedes tem possibilidade de negociar com uma das equipes para ser sua quarta cliente — além da própria escuderia que domina o Mundial, a Williams e a Force India.
 
É bem provável que, neste cenário, a Red Bull abrace e beije a Mercedes com o maior carinho do mundo e bote a Toro Rosso para negociar com a Ferrari ou Honda.
 A Renault é uzeira e vezeira de ter equipe. Confirmada a transação, será a terceira era da montadora na F1. Tudo começou em 1977, e naquela fase, a marca esteve no grid até 1985. Depois, voltou comprando a Benetton em 2002 para então vender para esta mesma Lotus em 2011. São 35 vitórias, 51 poles e 31 voltas mais rápidas nos registros, com a glória alcançada em 2005 e 2006 por Fernando Alonso.

No ranking de corridas na história da categoria, a Renault aparece em décimo com exatas 300. À frente dela do atual grid estão as tradicionais Ferrari, Williams, McLaren e Sauber, além da própria Lotus.

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