Dentro de exatamente um mês, Michael Schumacher vai completar cinco anos do grave acidente sofrido na estação de esqui de Méribel, nos Alpes Franceses, onde bateu a cabeça enquanto esquiava com a família. Desde então, o maior campeão da F1 de todos os tempos luta pela vida e para se recuperar das severas lesões cerebrais. As atualizações sobre seu estado de saúde são quase nulas, com as informações sendo protegidas a sete chaves por Sabine Kehm, agente pessoal do heptacampeão e da família Schumacher.
Contudo, uma rara descrição do quadro atual do piloto foi revelada pelo arcebispo alemão Georg Gänswein. O religioso, que também ocupa a função de prefeito da Casa Pontifícia, em Roma, fez uma visita ao ex-piloto e sua família. À revista alemã ‘Bunte’, Gänswein se absteve de contar todos os detalhes, mas falou um pouco sobre como se encontra o heptacampeão. Jean Todt, atual presidente da FIA e muito próximo à família Schumacher, em visita ao Vaticano no meio de 2016, quis saber se o religioso gostaria de visitar Schumacher. Gänswein aceitou o convite e viajou para a Suíça.
“Falei primeiro com Corinna Schumacher e sua mãe. Então, um terapeuta trouxe Michael Schumacher para a sala de estar. Eu me apresentei e disse a ele que sou um fã secreto, que muitas vezes assisti às corridas dele e fiquei fascinado sobre como alguém pode pilotar uma máquina dessas em qualquer tempo e a uma velocidade tão alta”, recordou.
“Falei primeiro com Corinna Schumacher e sua mãe. Então, um terapeuta trouxe Michael Schumacher para a sala de estar. Eu me apresentei e disse a ele que sou um fã secreto, que muitas vezes assisti às corridas dele e fiquei fascinado sobre como alguém pode pilotar uma máquina dessas em qualquer tempo e a uma velocidade tão alta”, recordou.
“Sentei em frente a ele, segurei as duas mãos e olhei para ele. Seu rosto é o rosto familiar de Michael Schumacher, a única coisa é que ele ficou um pouco mais cheio”, revelou.
“Ele sente que as pessoas amorosas estão ao seu redor, cuidando dele e, graças a Deus, mantendo-o longe dos olhos do público curioso demais. Uma pessoa doente precisa de discrição e compreensão”, disse o arcebispo, que vê na esposa do ex-piloto, Corinna, a fortaleza que mantém a força dos Schumacher. “A família é o ninho protetor que Michael precisa. Sua esposa é a alma da família”.
“Claro que incluo Michael e sua família em minhas orações. O Natal é a festa do nascimento de Cristo, a encarnação do amor divino. Senti-las é bom e necessário. Palavras confortantes que dão força não apenas aos parentes mais próximos de Michael, mas também a seus milhões de fãs em todo o mundo”, complementou.
O sonho secreto
Na última quarta-feira, o diário britânico ‘Daily Mirror’ publicou uma fala de Sabine Khem, oriunda de uma conversa com jornalistas alemães em 2016, sobre porque tem como principal objetivo manter o estado de saúde do heptacampeão em sigilo absoluto.
A agente contou que Schumacher sempre fez questão de ter uma vida privada longe dos olhares do público. Por isso, comprou a casa onde a família reside até hoje, em Gland, na Suíça, às margens do Lago Genebra.
“Uma vez, em uma longa conversa, Michael me disse: ‘Você não precisa ligar para mim no ano que vem, estou sumindo. Acho que seu sonho secreto era conseguir fazer isso algum dia. É por isso que agora eu ainda quero proteger seus desejos e não deixo escapar nada”, comentou a agente.
Enquanto Michael Schumacher luta pela vida em sua casa na Suíça, o filho, Mick Schumacher, começa nesta quinta-feira um novo capítulo da sua carreira. O herdeiro do heptacampeão inicia, em Abu Dhabi, sua jornada como piloto da F2 na abertura da sessão de testes coletivos promovidos pela categoria até o fim da semana.
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