WARM UPGABRIEL CURTY, de São Paulo
VICTOR MARTINS, de São Paulo
A Suprema Corte do estado de Victoria confirmou nesta quinta-feira (12) pela manhã no horário local a vitória de Giedo van der Garde na ação que moveu contra a Sauber às vésperas do GP da Austrália, que abre a temporada 2015 da F1. Assim, o holandês tem o direito legal de correr a etapa deste fim de semana e coloca a equipe suíça numa encrenca imensa, tendo de decidir quem é sacado: Felipe Nasr ou Marcus Ericsson.
Na verdade, a fase final da audiência confirmou que foi a Sauber quem se colocou nesta situação delicadíssima. A escuderia chefiada por Monisha Kaltenborn — que esteve na Corte para acompanhar o julgamento — assinou contratos com Nasr e Ericsson sendo que o de Van der Garde estava em vigor e assim ficou até 6 de fevereiro.
A defesa da Sauber seguiu a mesma linha derrotista que fora adotada ontem, e antes mesmo da sentença do juiz do caso percebeu que o apelo seria perdido.
O começo da sessão não foi nada animador para a Sauber. Com presença dos agentes de Felipe Nasr e Marcus Ericsson, os advogados da equipe tentaram explicar que Van der Garde não teria tempo para tirar a superlicença, mas receberam a resposta de que isto é uma responsabilidade do time e que a equipe de Hinwill já deveria ter solucionado isto desde a primeira audiência.
Ao ver que a primeira estratégia estava caindo por terra, a Sauber voltou a bater na tecla de que não teria um assento moldado para Van der Garde correr na Austrália. A resposta dos jurados foi na mesma linha, de que o time já deveria ter solucionado isto ao saber do imbróglio.
Logo depois, o júri afirmou que a Sauber poderia, sim, ignorar a sentença, mas que isto traria consequências para a equipe. Um dos jurados questionou: "Vocês têm um contrato. Por que simplesmente não o obedecem?". Outro quis saber o porquê de a Sauber não ter recorrido da ordem da Justiça da Suíça que permitia a Van der Garde guiar o C34. O advogado da Sauber interpelou voltando à questão do banco do piloto.
Por volta de 20h50 (de Brasília), 10h50 da manhã no horário australiano, o advogado da Sauber terminou suas explanações e passou a palavra ao colega que defende as causas dos atuais titulares.
A alegação também se iniciou numa linha já defendida anteriormente e apontava para a ciência do julgamento que transcorria na Suíça e que ninguém foi envolvido e/ou comunicado sobre o caso e que, portanto, não tinham ideia de que as vagas seriam disputadas legalmente a dias do GP da Austrália. "O que temos aqui é uma falha de comunicação", apontou o advogado. À época, Van der Garde fora comunicado que seria sacado por SMS.
Foi então que um dos jurados foi direto ao ponto: "Se a Sauber tem contrato com três pilotos, qual deles ela deve quebrar?". O advogado driblou a resposta e disse que seus pilotos poderiam ser processados se não dessem a vaga para Van der Garde. A fala provocou risos aos jurados, que retrucaram com ironia: "Isso só aconteceria numa galáxia muito distante..."
Por volta de 20h50 (de Brasília), 10h50 da manhã no horário australiano, o advogado da Sauber terminou suas explanações e passou a palavra ao colega que defende as causas dos atuais titulares.
A alegação também se iniciou numa linha já defendida anteriormente e apontava para a ciência do julgamento que transcorria na Suíça e que ninguém foi envolvido e/ou comunicado sobre o caso e que, portanto, não tinham ideia de que as vagas seriam disputadas legalmente a dias do GP da Austrália. "O que temos aqui é uma falha de comunicação", apontou o advogado. À época, Van der Garde fora comunicado que seria sacado por SMS.
Foi então que um dos jurados foi direto ao ponto: "Se a Sauber tem contrato com três pilotos, qual deles ela deve quebrar?". O advogado driblou a resposta e disse que seus pilotos poderiam ser processados se não dessem a vaga para Van der Garde. A fala provocou risos aos jurados, que retrucaram com ironia: "Isso só aconteceria numa galáxia muito distante..."
O júri, na sequência, analisou que a Sauber colocou Nasr e Ericsson numa "posição nada satisfatória". No encerramento da pouco profícua participação da defesa de Nasr e Ericsson às 21h15 (de Brasília), o advogado disse que a Sauber não poderia ser forçada a dar credencial, licença, roupas e a vaga a Van der Garde, dando vez ao homem que representa Giedo.
Na abertura de sua explanação, o advogado de VDG desmentiu a informação da Sauber, indicando que é a equipe quem tem responsabilidade sobre a superlicença. "Tenho confiança de que podemos tê-la", sublinhou. O representante da lei também pontuou que as regras permitem que se mude um piloto a qualquer momento antes do treino classificatório.
O juiz virou-se para o advogado da Sauber e indagou: "Por que depois da sentença de ontem não fizeram um assento para Van der Garde?". Não houve réplica.
O advogado de Van der Garde trouxe à tona que Monisha Kaltenborn, chefe da escuderia e advogada, escreveu para o Quadro de Reconhecimento de Contratos da F1 há uma semana que o contrato de seu piloto havia terminado em 6 de fevereiro deste ano, o que mostra que a Sauber assinou com Nasr e Ericsson enquanto o holandês tinha um contrato em vigor e depois da decisão da Justiça da Suíça que dava parecer favorável a Giedo.
A causa estava tão favorável que o advogado soltou que Van der Garde "é jovem e bonito" e é o "sonho de qualquer marqueteiro". E tranquilizou os dois outros pilotos: não haveria processo algum contra se eles guiarem os carros da Sauber na Austrália.
Antes mesmo da sentença final, o próprio juiz sugeriu à Sauber que inicie os preparativos para colocar Van der Garde em um dos carros e que não fique postergando os trabalhos esperando por uma decisão favorável.
A sentença saiu pouco após as 2h30 (de Brasília), mantendo o que definira a instância anterior. "Nenhuma injustiça prática foi cometida", afirmou o júri.
Agora é necessário ver o que a Sauber vai fazer: ou obedece e escolhe por algum critério quem sacar do fim de semana, ou Nasr ou Ericsson, ou atura as consequências da inquisição que criou para si, ignorando a presença de Van der Garde e seguindo sua vontade. Por trás da história toda, há o interesse do sogro de Giedo, o empresário Marcel Boekhoorn, que já quis comprar a escuderia em novembro, tomou um não na fuça e agora pode receber o time de bandeja. A Sauber já foi intimada a dar esclarecimentos ao Banco do Brasil, patrocinador principal da carreira de Nasr, que pode retirar os cerca de R$ 40 milhões que repassou à equipe, de acordo com o jornal 'Folha de S.Paulo'.
Para assegurar o direito de competir, Van der Garde vai entrar com uma nova ação que visa obrigar a Sauber a cumprir a determinação do júri. "A Sauber tem de trabalhar conosco agora. Não há outro problema", disse o holandês.
Na abertura de sua explanação, o advogado de VDG desmentiu a informação da Sauber, indicando que é a equipe quem tem responsabilidade sobre a superlicença. "Tenho confiança de que podemos tê-la", sublinhou. O representante da lei também pontuou que as regras permitem que se mude um piloto a qualquer momento antes do treino classificatório.
O juiz virou-se para o advogado da Sauber e indagou: "Por que depois da sentença de ontem não fizeram um assento para Van der Garde?". Não houve réplica.
O advogado de Van der Garde trouxe à tona que Monisha Kaltenborn, chefe da escuderia e advogada, escreveu para o Quadro de Reconhecimento de Contratos da F1 há uma semana que o contrato de seu piloto havia terminado em 6 de fevereiro deste ano, o que mostra que a Sauber assinou com Nasr e Ericsson enquanto o holandês tinha um contrato em vigor e depois da decisão da Justiça da Suíça que dava parecer favorável a Giedo.
A causa estava tão favorável que o advogado soltou que Van der Garde "é jovem e bonito" e é o "sonho de qualquer marqueteiro". E tranquilizou os dois outros pilotos: não haveria processo algum contra se eles guiarem os carros da Sauber na Austrália.
Antes mesmo da sentença final, o próprio juiz sugeriu à Sauber que inicie os preparativos para colocar Van der Garde em um dos carros e que não fique postergando os trabalhos esperando por uma decisão favorável.
A sentença saiu pouco após as 2h30 (de Brasília), mantendo o que definira a instância anterior. "Nenhuma injustiça prática foi cometida", afirmou o júri.
Agora é necessário ver o que a Sauber vai fazer: ou obedece e escolhe por algum critério quem sacar do fim de semana, ou Nasr ou Ericsson, ou atura as consequências da inquisição que criou para si, ignorando a presença de Van der Garde e seguindo sua vontade. Por trás da história toda, há o interesse do sogro de Giedo, o empresário Marcel Boekhoorn, que já quis comprar a escuderia em novembro, tomou um não na fuça e agora pode receber o time de bandeja. A Sauber já foi intimada a dar esclarecimentos ao Banco do Brasil, patrocinador principal da carreira de Nasr, que pode retirar os cerca de R$ 40 milhões que repassou à equipe, de acordo com o jornal 'Folha de S.Paulo'.
Para assegurar o direito de competir, Van der Garde vai entrar com uma nova ação que visa obrigar a Sauber a cumprir a determinação do júri. "A Sauber tem de trabalhar conosco agora. Não há outro problema", disse o holandês.
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