domingo, 6 de setembro de 2015

Após investigar pressão baixa de pneu, FIA decide não aplicar punição e mantém vitória de Hamilton na Itália

 WARM UPEVELYN GUIMARÃES, de Curitiba

Segundo as orientações da Pirelli, as equipes deveriam andar acima dos 19,5 psi no início da corrida. No entanto, a investigação da FIA mostrou que o pneu esquerdo traseiro de Hamilton estava 0s3 psi abaixo do indicado. No caso de Rosberg, a pressão estava 1,1 psi fora do especificado. 

A Mercedes tentou trabalhar rápido assim que foi notificada durante a corrida. A equipe prateada soube do problema às 15h04, 10h04 (de Brasília), e, imediatamente, os engenheiros reagiram e pediram ao inglês para aumentar o ritmo, com a clara intenção de fechar a corrida com um tempo acima de 25s para o segundo colocado, imaginando que seria esta uma eventual punição. Tal tática deu certo, e Hamilton cruzou a linha de chegada 25s042 à frente do ferrarista.

De início, Paddy Lowe, diretor da Mercedes, deu de ombros para o caso. "Não entendi por que estamos sendo investigados, mas vamos explicar para os comissários. Tudo o que sei é que a pressão estava de acordo com o que engenheiro da Pirelli nos passou. Estamos completamente no escuro em relação a isso", declarou. Posteriormente, admitiu que uma eventual punição resultaria não em um acréscimo de tempo, mas na exclusão de seus pilotos da corrida.Lowe confirmou que foi um delegado da FIA com a supervisão da Pirelli quem mediu a pressão dos pneus. O britânico ainda esteve reunido com os comissários e apresentou a defesa da equipe alemã. Ao sair da sala da FIA em Monza, o engenheiro inglês afirmou que o time agiu de forma "completamente normal".
  
 "Nós explicamos tudo o que fizemos, nós agimos de maneira completamente normal", afirmou Lowe à Sky Sports inglesa. "Os números foram diferentes hoje, mas o processo foi o mesmo que temos usado por vários anos. O ponto chave é que a Pirelli estava feliz com esse processo e nós estamos trabalhando muito próximos do nosso engenheiro da Pirelli", explicou.
A opinião de Lowe foi compartilhada por todos os engenheiros das demais equipes, sobretudo Pat Symonds, da Williams. "É uma infração muito grave", apontou.

Hamilton foi pego de surpresa na coletiva de imprensa ao saber da investigação: "Não tenho conhecimento disso", falou. "Por algum motivo, meu carro estava com 0.3 libras a menos, mas isso não teve nenhuma influência no resultado. Não ganhamos por conta disso. Não estou preocupado", completou. 

No entanto, a FIA surpreendeu ao não dar punição alguma. Assim, Hamilton abre larga vantagem no Mundial de Pilotos, colocando 53 pontos de vantagem para Rosberg.

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