Segundo as orientações da Pirelli, as equipes deveriam andar acima dos 19,5 psi no início da corrida. No entanto, a investigação da FIA mostrou que o pneu esquerdo traseiro de Hamilton estava 0s3 psi abaixo do indicado. No caso de Rosberg, a pressão estava 1,1 psi fora do especificado.
A Mercedes tentou trabalhar rápido assim que foi notificada durante a corrida. A equipe prateada soube do problema às 15h04, 10h04 (de Brasília), e, imediatamente, os engenheiros reagiram e pediram ao inglês para aumentar o ritmo, com a clara intenção de fechar a corrida com um tempo acima de 25s para o segundo colocado, imaginando que seria esta uma eventual punição. Tal tática deu certo, e Hamilton cruzou a linha de chegada 25s042 à frente do ferrarista.
De início, Paddy Lowe, diretor da Mercedes, deu de ombros para o caso. "Não entendi por que estamos sendo investigados, mas vamos explicar para os comissários. Tudo o que sei é que a pressão estava de acordo com o que engenheiro da Pirelli nos passou. Estamos completamente no escuro em relação a isso", declarou. Posteriormente, admitiu que uma eventual punição resultaria não em um acréscimo de tempo, mas na exclusão de seus pilotos da corrida.Lowe confirmou que foi um delegado da FIA com a supervisão da Pirelli quem mediu a pressão dos pneus. O britânico ainda esteve reunido com os comissários e apresentou a defesa da equipe alemã. Ao sair da sala da FIA em Monza, o engenheiro inglês afirmou que o time agiu de forma "completamente normal".
"Nós explicamos tudo o que fizemos, nós agimos de maneira completamente normal", afirmou Lowe à Sky Sports inglesa. "Os números foram diferentes hoje, mas o processo foi o mesmo que temos usado por vários anos. O ponto chave é que a Pirelli estava feliz com esse processo e nós estamos trabalhando muito próximos do nosso engenheiro da Pirelli", explicou.
Hamilton foi pego de surpresa na coletiva de imprensa ao saber da investigação: "Não tenho conhecimento disso", falou. "Por algum motivo, meu carro estava com 0.3 libras a menos, mas isso não teve nenhuma influência no resultado. Não ganhamos por conta disso. Não estou preocupado", completou.
No entanto, a FIA surpreendeu ao não dar punição alguma. Assim, Hamilton abre larga vantagem no Mundial de Pilotos, colocando 53 pontos de vantagem para Rosberg.
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