sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Rossi conta que só comprou passagem para Cingapura na terça-feira de manhã. E Merhi ficou sabendo quando chegou



WARM UPRENAN DO COUTO, de São Paulo

 Até a última segunda-feira, Alexander Rossi nem tinha uma passagem para viajar para Cingapura. Agora, o norte-americano está a apenas três dias de fazer sua tão sonhada estreia no Mundial de F1. Ele já havia batido na trave duas vezes no passado.

"Eu peguei o avião na terça-feira à noite, comprei a passagem na terça de manhã. Foi um negócio bem de última hora. As conversas começaram logo depois de Monza", contou o piloto nesta quinta-feira (17) em entrevista em Cingapura.

Por outro lado, o espanhol Roberto Merhi ficou sabendo da que para ele foi uma péssima notícia somente ao aterrissar na pequena cidade-estado asiática. "Eu voei para cá na segunda e, quando cheguei, eles me deram a notícia de que eu não andaria em cinco das sete corridas", relatou.
De fato, um acordo relâmpago, cujas tratativas tiveram início após o GP da Itália. Em uma semana, os detalhes foram finalizados.

Rossi, 23 anos, andará em Cingapura e no Japão e nas três provas em solo americano desta reta final de campeonato. Nos GPs da Rússia e de Abu Dhabi, que batem com etapas da GP2, ele seguirá comprometido com a Racing Engineering e devolverá o bólido da Manor a Merhi. No campeonato de base, Rossi é o vice-líder com 153 pontos, 108 atrás do líder e virtual campeão Stoffel Vandoorne.
"Obviamente, tive uma certa história com essa equipe em 2014, então sempre tivemos uma boa comunicação, desde o começo deste ano. Mas eu não estava esperando que 2015 seria o ano em que eu estaria em um carro de F1", continou Rossi. 
A especulação natural que se criou com a informação do acordo firmado por Rossi é a esperança dele em mostrar serviço, ainda que com o mais do que modesto carro da Manor, para tentar cavar uma vaga na nova equipe norte-americana Haas, que estreia no ano que vem. Todavia, Rossi evitou falar em futuro.
"Eu acho que o que realmente senti falta na minha carreira nos últimos três anos na F1 foi correr. Estivemos perto algumas vezes. É bem surreal que agora isso tenha acontecido. É um grande passo em termos de me afirmar na F1 e me colocar no radar, e estou me concentrando em fazer um grande trabalho nestas cinco corridas, mostrar que sou capaz de estar na F1 e de fazer um bom trabalho", afirmou.
"Meu objetivo é correr em tempo integral na F1, em qualquer que seja a situação, em qualquer situação que se apresente para mim, eu vou pular de braços abertos. A que isso agora pode levar, eu não sei. Estou esperançoso de que fazendo um bom trabalho nestas corridas vou provar que pertenço à F1, que sou tão capaz quanto todos os outros", completou.

O lado de Merhi

Agora, Merhi fica sem saber o que será de seu futuro. O objetivo é encontrar uma vaga no grid para 2016, dentro ou fora da Manor. Mas ele reconhece que o aspecto financeiro será fundamental.

"Para a próxima temporada, ainda não sabemos. Estamos procurando uma vaga na F1 e vamos tentar encontrar. Hoje em dia, o dinheiro é importante, e no momento está difícil encontrar", declarou.

De qualquer forma, Merhi se mostrou compreensivo com relação à escolha feita pela Manor. "Eles me deram uma ótima chance de ser o piloto, mas não sabia até quando ia durar. Nessas corridas, acho que fui bem. Quero dizer obrigado. Agora eles tomaram uma decisão que é melhor para a equipe no longo prazo. Espero que ainda sejamos competitivos daqui até o fim do ano e, vou tentar melhorar e aprender o máximo que puder para estar pronto para Sochi e Abu Dhabi", concluiu.

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