Nos três anos em que competiu pela Mercedes, Michael Schumacher completou 20 anos de F1, alcançou 300 corridas na categoria, viu a montadora vencer pela primeira vez neste século, mas também acumulou muitos abandonos e poucos triunfos
Warm Up
Felipe Giacimelli, de São Paulo
A história de um dos maiores pilotos da história na F1 chegou ao fim. De novo. Nesta quinta-feira (4), Michael Schumacher anunciou que volta à aposentadoria depois de três anos competindo pela Mercedes, onde jamais conseguiu repetir bons resultados e passou longe de brigar por um novo título.
Na verdade, o desempenho foi muito aquém do esperado. Nesta segunda passagem pela F1, o alemão conquistou um único pódio, no GP da Europa de 2012, em Valência, e acumulou inúmeros abandonos. A efeito de comparação, nos três anos pela escuderia germânica, o piloto deixou 14 corridas antes do término. Nos sete títulos em conquistou, o número de abandonos ao todo também foi 14.
Schumacher colocou um ponto final na carreira na F1. O piloto deixa as pistas no fim de 2012 (Foto: Mercedes)
Apesar de o rendimento não ter sido tão bom. A segunda passagem de Schumacher também proporcionou alguns momentos históricos ao alemão. No GP da Bélgica de 2011, por exemplo, o piloto completou 20 anos da sua estreia na categoria. Para celebrar a data, o heptacampeão liderou todos os treinos livres, mas teve um problema no treino classificatório, sendo obrigado a largar em último. Ainda assim conseguiu se recuperar e completou a prova no quinto lugar, na frente do companheiro Nico Rosberg.
Um ano depois, na mesma pista de Spa-Francorchamps, foi a vez de comemorar os 300 GPs na F1, sendo o segundo piloto da história – atrás de Rubens Barrichello – a alcançar a marca. Na corrida, o germânico teve um bom desempenho, se colocando em posição de brigar por um lugar no pódio, mas acabou tendo uma queda de rendimento, finalizando apenas em sétimo.
Schumacher também esteve presente na primeira vitória da Mercedes na F1 desde que a montadora germânica voltou a ter uma equipe própria. No GP da China de 2012, os carros prateados tiveram um desempenho muito melhor que o restante do grid, principalmente pelo uso do duto da asa traseira móvel. Entretanto, quem se deu melhor foi Rosberg, que triunfou praticamente de ponta a ponta. Schumacher, por sua vez, estava em condições de completar a dobradinha, mas acabou abandonando após um erro da equipe na parada nos boxes.
Na realidade, os problemas do germânico não foram resumidos apenas a falha nos boxes e abandonos. O piloto também se envolveu em uma série de polêmicas. O primeiro deles foi no GP de Mônaco de 2010, quando ultrapassou Fernando Alonso na última volta. No entanto, o safety-car havia acabado de deixar a pista e não era permitido superar um adversário, já que a bandeira verde só começa a valer quando os carros passam pela linha de chegada, ou seja, nesse caso completassem a corrida.
Depois, na Hungria, o alemão voltou a se envolver em uma controvérsia. Quando foi pressionado por Rubens Barrichello, em uma disputa valendo apenas a décima colocação, o germânico empurrou o adversário em direção ao pit-wall e por pouco não causou um sério acidente. Apesar de não haver contato, a direção de prova não concordou com a manobra de Schumacher e o puniu com a perda de dez posições no grid da corrida seguinte.
Em 2012, o alemão voltou a ser punido por criar acidentes. O primeiro deles aconteceu no GP da Espanha, quando acertou a traseira do carro de Bruno Senna na freada no final da reta. Depois, em Cingapura, mais uma vez o heptacampeão não conseguiu parar o carro no momento certo, indo direto no novato Jean-Éric Vergne. Aliás, a corrida noturna foi sempre um problema para o heptacampeão, que se envolveu em incidentes todas as vezes em que pilotou por lá.
Um ano depois, na mesma pista de Spa-Francorchamps, foi a vez de comemorar os 300 GPs na F1, sendo o segundo piloto da história – atrás de Rubens Barrichello – a alcançar a marca. Na corrida, o germânico teve um bom desempenho, se colocando em posição de brigar por um lugar no pódio, mas acabou tendo uma queda de rendimento, finalizando apenas em sétimo.
Schumacher também esteve presente na primeira vitória da Mercedes na F1 desde que a montadora germânica voltou a ter uma equipe própria. No GP da China de 2012, os carros prateados tiveram um desempenho muito melhor que o restante do grid, principalmente pelo uso do duto da asa traseira móvel. Entretanto, quem se deu melhor foi Rosberg, que triunfou praticamente de ponta a ponta. Schumacher, por sua vez, estava em condições de completar a dobradinha, mas acabou abandonando após um erro da equipe na parada nos boxes.
Na realidade, os problemas do germânico não foram resumidos apenas a falha nos boxes e abandonos. O piloto também se envolveu em uma série de polêmicas. O primeiro deles foi no GP de Mônaco de 2010, quando ultrapassou Fernando Alonso na última volta. No entanto, o safety-car havia acabado de deixar a pista e não era permitido superar um adversário, já que a bandeira verde só começa a valer quando os carros passam pela linha de chegada, ou seja, nesse caso completassem a corrida.
Depois, na Hungria, o alemão voltou a se envolver em uma controvérsia. Quando foi pressionado por Rubens Barrichello, em uma disputa valendo apenas a décima colocação, o germânico empurrou o adversário em direção ao pit-wall e por pouco não causou um sério acidente. Apesar de não haver contato, a direção de prova não concordou com a manobra de Schumacher e o puniu com a perda de dez posições no grid da corrida seguinte.
Em 2012, o alemão voltou a ser punido por criar acidentes. O primeiro deles aconteceu no GP da Espanha, quando acertou a traseira do carro de Bruno Senna na freada no final da reta. Depois, em Cingapura, mais uma vez o heptacampeão não conseguiu parar o carro no momento certo, indo direto no novato Jean-Éric Vergne. Aliás, a corrida noturna foi sempre um problema para o heptacampeão, que se envolveu em incidentes todas as vezes em que pilotou por lá.
Em Cingapura, Schumacher acertou em cheio o Toro Rosso de Jean-Éric Vergne (Foto: Red Bull/Getty Images)
Ainda no campo das polêmicas, vale lembrar que a própria volta à F1 foi cercada de controvérsia. Michael estava escalado para substituir Felipe Massa após o grave acidente do brasileiro no GP da Hungria de 2009. O problema é que ele sofreu com dores no pescoço ao treinar pela Ferrari e acabou sendo sacado em favor de Luca Badoer.
Mesmo assim, a paixão por correr foi novamente acesa no alemão, que acabou assinando contrato com a Mercedes. Foi uma forma de recompensar a montadora de Stuttgart, que havia o apoiado no início da carreira, tendo inclusive ajudado a bancar a vaga na Jordan, em 1991, ao pagar US$ 300 mil à equipe irlandesa.
Aliás, a entrada do alemão no time de Eddie Jordan deu início à primeira passagem do piloto na F1. Depois, correu na Benetton entre 1991 e 1995, quando conquistou dois títulos. Em seguida, trocou a equipe italiana pela Ferrari, onde permaneceu por 11 temporadas, venceu mais cinco títulos (entre 2001 e 2005) e se tornou um dos maiores nomes da história da F1. Ao lado de nomes como Jean Todt, Rory Byrne, Ross Brawn e Rubens Barrichello deu origem a uma das mais vitoriosas épocas da categoria, chamada de Era Schumacher.
Ao todo, o alemão disputou 301 GPs desde a estreia na Jordan até a última corrida em Cingapura, conquistou sete títulos, venceu 91 vezes, cravou 68 pole-position e marcou a volta mais rápida em 77 oportunidades. Subiu ao pódio em 155 GPs.
Mesmo assim, a paixão por correr foi novamente acesa no alemão, que acabou assinando contrato com a Mercedes. Foi uma forma de recompensar a montadora de Stuttgart, que havia o apoiado no início da carreira, tendo inclusive ajudado a bancar a vaga na Jordan, em 1991, ao pagar US$ 300 mil à equipe irlandesa.
Aliás, a entrada do alemão no time de Eddie Jordan deu início à primeira passagem do piloto na F1. Depois, correu na Benetton entre 1991 e 1995, quando conquistou dois títulos. Em seguida, trocou a equipe italiana pela Ferrari, onde permaneceu por 11 temporadas, venceu mais cinco títulos (entre 2001 e 2005) e se tornou um dos maiores nomes da história da F1. Ao lado de nomes como Jean Todt, Rory Byrne, Ross Brawn e Rubens Barrichello deu origem a uma das mais vitoriosas épocas da categoria, chamada de Era Schumacher.
Ao todo, o alemão disputou 301 GPs desde a estreia na Jordan até a última corrida em Cingapura, conquistou sete títulos, venceu 91 vezes, cravou 68 pole-position e marcou a volta mais rápida em 77 oportunidades. Subiu ao pódio em 155 GPs.
Schumacher também se envolveu em uma série de polêmicas, entre elas tendo colidido com o carro de Damon Hill para garantir a taça de 1994 e o famigerado “hoje não, hoje não. Hoje sim... hoje sim?” quando ultrapassou Rubens Barrichello na última volta do GP da Áustria de 2002. Apesar disso, o próprio germânico já declarou que o maior arrependimento foi a decisão do campeonato de 1997, quando jogou o carro em Jacques Villeneuve na tentativa de impedir o canadense de ficar com o caneco daquele ano.
A decisão do alemão de parar de vez veio na sequência do anúncio da contratação de Lewis Hamilton pela Mercedes. O inglês vai ocupar o lugar do heptacampeão na equipe germânica.
A decisão do alemão de parar de vez veio na sequência do anúncio da contratação de Lewis Hamilton pela Mercedes. O inglês vai ocupar o lugar do heptacampeão na equipe germânica.
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