sábado, 18 de julho de 2015

Nove meses depois de acidente no GP do Japão de 2014, Bianchi não resiste e morre aos 25 anos

 WARM UPVICTOR MARTINS, de São Paulo
JULIANA TESSER, de São Paulo
GABRIEL CURTY, de São Paulo
VITOR FAZIO, de Porto Alegre
EVELYN GUIMARÃES, de Curitiba

 Notícia que ninguém gostaria de dar: Jules Bianchi faleceu nesta sexta-feira (17), nove meses depois do fortíssimo acidente sofrido no fim do GP do Japão. O impacto sofrido na cabeça com o choque com uma grua deixou de imediato o piloto inconsciente e foi extensivamente danoso, sem dar chance de recuperação. O comunicado foi emitido pela família do piloto. Bianchi tinha 25 anos e a possibilidade de uma carreira de glória por seu vínculo com a Ferrari.

Na volta 43 da corrida em Suzuka, Bianchi perdeu o controle na curva 7 e acertou em cheio o guindaste que tinha entrado na área de escape para remover o carro de Adrian Sutil, que tinha batido no giro anterior. Socorrido ainda na pista, Jules foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia de cerca de 4 horas. Um boletim médico divulgado pela Marussia dois dias depois da batida, informou que o piloto de 25 anos sofreu uma lesão axonal difusa, que é uma lesão ampla e devastadora e que, em mais de 90% dos casos, deixa suas vítimas em coma definitivo. 
 Cinegrafista Amador Flagra Acidente Jules Bianchi No GP Do Japão F1 (05/10/2014)
No comunicado oficial da morte do piloto, a família pediu privacidade e agradeceu o apoio de médicos e dos fãs no mundo todo.

“Jules lutou até o final, sempre o fez, mas hoje a luta chegou ao fim. A dor que sentimos é imensa e indescritível. Queremos agradecer a equipe do hospital de Nice que cuidou dele com amor e dedicação. Também queremos agradecer a equipe do Centro Médico de Mie, que cuidou dele logo depois do acidente, assim como os outros doutores que se envolveram nisso com carinho nos últimos meses”, disse.
“Além disso, queremos agradecer os colegas de Jules, amigos, fãs e todo mundo que  demonstrou seu afeto ao longo dos últimos meses, o que nos deu grande força e nos ajudou a lidar com tempos tão difíceis. Ouvir e ler tantas mensagens nos fizeram perceber como Jules tocava os corações e menter de tanta gente ao redor do mundo", continou.
“Queremos pedir que nossa privacidade seja respeitada durante esse tempo difícil, enquanto tentamos lidar com a perda de Jules”, completou.
 Bianchi tinha uma longa e promissora carreira pela frente. Era o primeiro resultado eficiente do programa de desenvolvimento de jovens pilotos da Academia da Ferrari e fatalmente acabaria sentando num carro da escuderia italiana no mais tardar em 2016, pelo que se entendia da movimentação do grid; seria até possível vê-lo no ano que vem caso fosse levada adiante a ideia de um terceiro carro por equipe.

Como moeda de troca da oferta de seu conjunto, a Ferrari colocou Bianchi para correr na pobre Marussia nas últimas duas temporadas. Sempre se destacou sobre seu companheiro Max Chilton, e por isso sempre foi visto como o responsável por garantir o décimo lugar no Mundial de Construtores na árdua vida do fim do pelotão com a Caterham. No ano passado, conseguiu isso sem pontuar; ano passado, levou o time ao êxtase com os dois primeiros pontos da história do time com o nono lugar em Mônaco.


 Interview Jules Bianchi 9 ème au grand prix de Monaco

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