sábado, 4 de novembro de 2017

Williams enfim toma decisão para temporada 2017, e Massa deixa F1 em nova aposentadoria do esporte

WARM UPRedação GP, de Curitiba



Pela se,gunda vez em pouco mais de ano Felipe Massa vem a público para anunciar a aposentadoria da F1. O brasileiro de 36 anos ainda aguardava uma resposta da Williams, porque se sentia capaz de pilotar por mais um ano na maior das categorias do esporte a motor no mundo. A resposta veio, mas Massa não continua mais na equipe e nem na F1. O anúncio foi feito nesta manhã de sábado (4), por meio de um vídeo nas redes sociais. 

A verdade é que Felipe ainda seguia conversando com os ingleses e estava em uma lista de candidatos que tem ainda os nomes de Robert Kubica, Paul di Resta, Daniil Kvyat e Pascal Wehrlein. Nas últimas semanas, o brasileiro estava pressionando o time de Grove por uma resposta e realmente parecia incomodado com o fato de a esquadra estar testando outros pilotos, como o que aconteceu com Kubica e Di Resta. Massa exigiu respeito e queria uma decisão antes do GP do Brasil.


A decisão está aí. A Williams, entretanto, ainda não se pronunciou sobre o nome do futuro piloto que vai formar dupla com Lance Stroll em 2018. O jovem canadesen está garantido por mais uma temporada, muito em função do grande aporte financeiro dado por seu pai, o bilionário Lawrence Stroll.


"Olá, pessoal. Como vocês sabem, ano passado eu decidi me aposentar da F1. Mas por conta de um pedido da Williams, eu decidi fazer mais uma temporada, mas dessa vez será minha última corrida no Brasil na F1 e será minha última corrida em Abu Dhabi na F1. Gostaria de agradecer toda a minha família e meus amigos, todos meus patrocinadores e a todos os meus fãs, que me apoiaram muito. Então muito obrigado, eu realmente espero vê-los em Interlagos e Abu Dhabi, e espero que possam me apoiar no próximo ano ou no futuro em outras corridas e outras categorias. Um grande beijo", disse o piloto em vídeo.


Essa é a segunda vez que Felipe se despede do Mundial. Em 2016, às vésperas do GP da Itália, o veterano revelou ao mundo que havia decidido de deixar a F1. A confirmação foi encarada com certa tristeza pelo grid, mas também com muita reverência dos colegas e dos fãs. O auge foi a despedida em Interlagos, durante a etapa do Brasil do calendário. O piloto abandonou a prova, mas foi bastante aplaudido pelos torcedores nas arquibancadas e chorou. Mal sabia ele que estaria de volta ao carro menos de quatro meses depois.


Isso porque o atual campeão Nico Rosberg decidiu também parar de correr apenas cinco dias depois da conquista do título em Abu Dhabi. Na época, a Mercedes também precisou repensar sua estratégia e acabou optando por Valtteri Bottas. Com a saída do finlandês, a Williams, então, precisou chamar Massa, que aceitou retornar. 

Massa chegou à Williams no fim de 2013, depois de se despedir da Ferrari, equipe pela qual teve passagem marcante na carreira, chegando ao auge com o vice-campeonato mundial em 2008. Entretanto, depois de um período de desgaste, Felipe preferiu mudar os rumos da sua trajetória e assinou com a Williams, sendo um dos pilares da reação da escuderia britânica, que esteve em baixa no começo da década.

Contratado para ser a referência em termos de experiência do time, Felipe teve ao seu lado nesses três anos o jovem e talentoso finlandês Valtteri Bottas. Foi um bom ano para o brasileiro. A Williams fez um bom carro, o FW36, empurrado pelo motor Mercedes, o melhor desta nova ‘Era Turbo’ da F1.

Massa conquistou, além da pole-position em Spielberg, três pódios naquela temporada, em Monza, Interlagos e Abu Dhabi. Contudo, ficou atrás de Bottas na classificação depois de ter somado 134 pontos, ficando em sétimo lugar, contra 186 do colega, quarto no Mundial de Pilotos. Massa e Bottas ajudaram a Williams a terminar o Mundial de Construtores em terceiro lugar, um salto espetacular para um time que havia fechado o campeonato de 2013 apenas em nono, com cinco pontos marcados.

Em 2015, a disputa foi um pouco mais parelha entre os pilotos da Williams, embora Bottas não tenha disputado o GP da Austrália, o primeiro daquela temporada, em razão de uma lesão nas costas. Felipe somou o mesmo número de pódios do finlandês, terminando duas vezes no top-3: em Montreal e novamente na Itália. Ao fim de 19 corridas, Massa somou 121, contra 136 do seu companheiro de equipe. Com a ascensão da Ferrari, a Williams terminou em terceiro o Mundial de Construtores daquele ano, mantendo a posição lograda na temporada anterior.

A temporada 2016, contudo, foi a mais difícil para Massa desde que ele se tornou piloto da Williams. O brasileiro não se acertou com o FW38 e enfrentou diversos problemas ao longo do campeonato. Seus melhores resultados foram dois quarto lugares, na Austrália e na Rússia. Desde o GP de Mônaco, em maio, até o último GP da Bélgica, Felipe somou apenas três pontos. O décimo lugar em Spa-Francorchamps encerrou um jejum de quatro corridas do veterano fora da zona de pontuação. Ao todo, Massa tem 39 pontos, muito atrás de Bottas, que tem 62. 
É fato que a Williams teve uma notória queda de rendimento, que se reflete na tabela do Mundial de Construtores. Em grande fase no campeonato, a Force India superou a equipe de Grove e assumiu o quarto lugars, fazendo Claire Williams expressar preocupação, uma vez que cada posição perdida reflete, ao fim do ano, a perda de uma considerável premiação em dinheiro paga pela FOM (Formula One Management) às melhores colocadas do campeonato.

Neste ano, Massa vem em uma temporada irregular, marcada por incidentes e atuações mais apagadas. O brasileiro é atualmente o 11º do campeonato, com 36 pontos. Com a aposentadoria de Massa, a F1 vai viver sua primeira temporada sem um representante do Brasil em mais de 40 anos.

Ainda, no comunicado enviando à imprensa, a Williams afirmou que o anúncio sobre sua dupla de pilotos para 2018 será feito em breve.

FELIPE MASSA ANUNCIA APOSENTADORIA NO FINAL DE 2017 - FÓRMULA 1

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