Por Gerson Campos, colunista do Yahoo! Esportes
Tudo já foi dito sobre a ironia do destino que levou a Brawn GP e seus pilotos ao topo neste ano. Mas talvez a imagem que mais represente o que foi essa virada de jogo o mundo viu domingo nas ruas de Mônaco: Jenson Button, inglês, 29 anos, desacreditado no início do ano, venceu com tranquilidade e ainda colocou uma volta de vantagem sobre Lewis Hamilton, também inglês, 24 anos, vencedor de Mônaco e do campeonato de 2008 e natural favorito ao título até o início da temporada.
Tudo já foi dito sobre a ironia do destino que levou a Brawn GP e seus pilotos ao topo neste ano. Mas talvez a imagem que mais represente o que foi essa virada de jogo o mundo viu domingo nas ruas de Mônaco: Jenson Button, inglês, 29 anos, desacreditado no início do ano, venceu com tranquilidade e ainda colocou uma volta de vantagem sobre Lewis Hamilton, também inglês, 24 anos, vencedor de Mônaco e do campeonato de 2008 e natural favorito ao título até o início da temporada.
Está certo que Hamilton largou em último em função dos problemas que teve no fim de semana (bateu no sábado e em seguida trocou o câmbio da McLaren), mas nem por isso a cena deixa de ser emblemática - e dramática para o time de Ron Dennis, que, agora afastado dos GPs, tem de ver seu pupilo sofrer com um carro meia boca e ainda aguentar as braçadas de Kovalainen. Aliás, não é possível que não seja aberta uma vaga na McLaren para o ano que vem. Quem sabe na Stock Car Brasil Heikki se dê bem?
Voltando ao GP: Button, como fez em outras quatro provas da temporada, venceu com autoridade e tranquilidade. Kimi Raikkonen perdeu a segunda posição e a corrida logo na primeira curva, já que, segundo o próprio finlandês, a Ferrari tinha chances reais de vitória em Mônaco. Corrida boa também para Massa, que deu um calor no companheiro de equipe e mostrou bom ritmo numa pista (ou rua?) que não gosta.
Barrichello, como sempre, deu mais uma desculpa que entra no rol de pérolas do brasileiro: por ter andado muito tempo atrás de Button, pegou a sujeira levantada pelo inglês, que, colada em seus pneus, provocou a perda de rendimento na primeira parte da prova. Não duvido. Deve ter realmente acontecido. Mas o prejuízo foi tanto a ponto de dar a Button uma vantagem superior a dez segundos na hora do primeiro pit stop de Rubens? Faz-me rir. O ritmo do inglês, mais uma vez, foi sensacional. E Barrichello não conseguiu acompanhar. Simples. Para que dar desculpa de novo? É obrigatório, está no contrato? Sim, os pneus devem ter tido mesmo problema, quem sou eu para duvidar do cara, que estava lá, mas isso não definiu a corrida. Enquanto isso, Button administrava e dava um volta no pobre Hamilton.
E já não há mais como duvidar do título de Button. São 16 pontos de vantagem para Barrichello, que não ameaça na pista. E se de uma hora para outra Rubens começar a superar o companheiro, Ross Brawn vai ter de intervir pelo sucesso da equipe. Nada contra, coisas do jogo - a menos que a diferença seja diminuída de forma vertigionosa nas próximas duas corridas, Barrichello não teria do que reclamar nessa hipotética e improvável situação.
Button, portanto, tem de se preocupar com Sebastian Vettel, o terceiro na tabela. Vettel que errou em Mônaco, não pontuou e viu sua diferença para o líder subir a 28 pontos. Matematicamente tudo é possível, mas, na prática, não.
A esperança dos primeiros colocados do campeonato passado é vencer uma ou outra corridinha em 2009, como Alonso vem fazendo desde que voltou à Renault, e tentar salvar o ano de um vexame maior. A Fórmula 1 vive de ciclos cada vez mais curtos, e este é o da Brawn, uma equipe que nem existia no começo da temporada que vai vencer de forma arrasadora.
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