Reviravolta no caso Cingapura 2008. Flavio Briatore conseguiu derrubar a punição imposta pela FIA devido à participação do ex-chefe de equipe da Renault no plano de um acidente proposital de Nelsinho Piquet na prova asiática, há cerca de dois anos. A Federação Internacional de Automobilismo tinha banido de qualquer evento sob sua chancela o italiano, que, por sua vez, entrou com um processo na justiça de Paris e teve a causa ganha nessa terça-feira (5).“A corte chegou à conclusão de que a punição foi ilegal”, disse o juiz responsável pela ação de Briatore. Além de poder voltar a trabalhar com automobilismo e frequentar os autódromos da F1, o ex-dirigente também terá direito a uma indenização de € 15 mil por perdas e danos.
O episódio que surpreendeu o mundo da F1 foi tornado público durante o GP da Bélgica, quando o jornalista Reginaldo Leme, da TV Globo, revelou que uma investigação sobre o acidente de Nelsinho estava em andamento. Nos dias seguintes, dois depoimentos do brasileiro à FIA vazaram na imprensa, em que ele admitiu ter causado o acidente de forma deliberada devido a um pedido feito por Briatore e Pat Symonds, então chefe da engenharia da Renault, para beneficiar Fernando Alonso, como forma de tentar garantir seu futuro na equipe francesa.Primeiramente, o time gaulês informou que processaria tanto Nelsinho quanto seu pai Nelson Piquet na França e na Inglaterra por conta de alegações ilegais. Entretanto, dias depois, a Renault emitiu um comunicado em que anunciou as saídas de Briatore e Symonds, e também que não contestaria as acusações do brasileiro.No julgamento do Conselho Mundial da FIA, em setembro do ano passado, Briatore terminou como o "vilão", e a Renault tomou uma punição para inglês ver.
O ex-chefe da equipe francesa foi banido da F1. Symonds, que também foi um dos mentores intelectuais da farsa, foi suspenso por cinco anos da categoria. Já a escuderia foi suspensa por dois anos, mas a sanção só vai ser executada se o time cometer outra grave irregularidade. Resumindo, saiu ilesa.Flavio discordou da sanção e falou em vingança de Max Mosley, ex-presidente da FIA, que estaria usando a entidade para prejudicar o italiano.“Nesse caso, a FIA está sendo usada como uma ferramenta para vingança de um homem. Essa decisão é um absurdo legal. Tenho a confiança de que as cortes francesas vão resolver de forma justa e imparcial”, afirmou Briatore há alguns meses.Depois de muito tempo, a justiça francesa deu razão ao ex-dirigente. Resta saber se a FIA vai apelar da decisão da corte de Paris.
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