LONDRES (Reuters) - Flavio Briatore disse que se sacrificou para salvar a equipe Renault de Fórmula 1, mas será preciso mais do que a saída do italiano para compensar o dano feito pelas revelações de fraude.
"O pior ato de trapaça na história do esporte", declarava o título da contrapágina do jornal Times nesta quinta-feira.
"Eu estava somente tentando salvar a equipe", afirmou Briatore, depois que a Renault anunciou que ele e o engenheiro chefe Pat Symonds deixaram o time depois de acusações de que arranjaram o Grande Prêmio de Cingapura no ano passado ao ordenar que o piloto Nelsinho Piquet batesse de propósito.
"É meu dever. É por isso que saí", disse ele ao jornal britânico, cujos comentaristas enfatizaram a potencial natureza letal de tal acidente e retrataram um esporte doente e carente de perspectiva moral.
O tricampeão austríaco Niki Lauda, que quase morreu em um acidente em 1976 em Nurburgring, disse que o escândalo marcou uma nova baixa e que a FIA precisa tomar medidas.
"O escândalo de espionagem da McLaren dois anos atrás foi extremamente sério, mas os mecânicos sempre discutiram dados técnicos entre eles", disse ele ao Daily Mail, referindo-se à controvérsia que custou à McLaren uma multa de 100 milhões de dólares.
"Isso, contudo, é novo. O maior escândalo da história. Agora a FIA deve punir a Renault rigorosamente para restaurar a credibilidade do esporte".
O chefe comercial da F1, Bernie Ecclestone, que divide o controle do clube Queens Park Rangers da Premier League com Briatore, se recusou a defender um homem que é visto como seu eventual sucessor.
"É uma pena que Flavio tenha terminado sua carreira na F1 dessa maneira", disse o homem de 78 anos ao Daily Mirror. "Não dá para defender ele. O que fez foi completamente desnecessário.
É uma pena que tenha acontecido".
"O esporte se recuperou de tantas coisas quando as pessoas afirmavam que ele havia acabado e ele vai se recuperar disso. A F1 deveria ter acabado quando Ayrton Senna morreu. Deveria ter acabado quando Michael Schumacher se aposentou".
"O esporte se recuperou de tantas coisas quando as pessoas afirmavam que ele havia acabado e ele vai se recuperar disso. A F1 deveria ter acabado quando Ayrton Senna morreu. Deveria ter acabado quando Michael Schumacher se aposentou".
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